Recíproca, cadê você??

Nos ultimos dias andei pensando muito sobre recíproca.

Como a falta de uma coisa dessas pode fazer a gente sofrer, ou como a gente faz as pessoas sofrerem pela falta dela, de nossa parte.

Confuso? Vou melhorar o pensamento...

Eu vivo apaixonada. Não sei viver amenidades, não sei gostar pouco de alguém ou de alguma coisa. É um dos traços mais marcantes da minha personalidade: a paixão está sempre presente em minha vida. Eu sou apaixonada pelo meu trabalho, pela minha casa, minha família, pelos meus amigos, por meu ursinho de pelúcia, meu travesseiro, minha roupa de dormir, minha cachorra e minha gata. Eu sou apaixonada pela vida, pelo sol, quando ele brilha, pelo tempo nublado e sua melancolia, pelas noites com Lua, pelo quente e pelo frio... coisas importantes e banais... sou apaixonada por todas elas. Quando eu não tenho nada que me desperte uma paixão avassaladora, me apaixono loucamente por mim mesma, e começo a achar tudo o máximo.

Tem coisas que a gente ama e pronto! Não espera nada em troca. Mas quando se trata de gente, é tudo muito mais complicado.

Eu já devo ter dito que desperto sentimentos extremos nas pessoas. Ou elas gostam muito de mim, ou não querem ouvir falar meu nome. Isso já me incomodou, mas agora até me diverte...

Eu tento conquistar as pessoas que acho que valem a pena, e afasto intuitivamente aquelas que não me interessam. É natural.

A relação entre homem e mulher é, de todos os outros tipos de relação, a mais confusa. Eu me acho muito esperta, muito experiente, mas não passo de uma ingênua. É aqui que a recíproca vive me deixando na mão...

Só esse ano, já me apaixonei por vários homens diferentes, nenhum deles se apaixonou por mim. Por outro lado, vários caras já se apaixonaram por mim, e a recíproca não me veio visitar.

Ainda to me recuperando da minha última paixonite aguda e eu sempre sofro achando que não vai passar, mas passa.

Foi lindo, mágico e intenso. Mas, como todas as paixões onde um gosta mais do que o outro, acabou. Eu ainda to sofrendo...

Queria ter o dom do desapego. Mentira, não queria não... viver apaixonada, ainda que sofrendo de vez em quando, é muito mais divertido...