segunda-feira, 7 de julho de 2008

Meus 23 anos


Meu aniversário foi na semana passada, no dia 1. Era terça-feira e eu estava trabalhando enlouquecidamente. Foi semana de estréia, o que é sinônimo de estresse. No meu dia perfeito, como gosto de chamar meu aniversário desde criança, eu não parei um só segundo. Mas foi dia de agradecer. Afinal de contas, eu estava fazendo aquilo que escolhi pra minha vida, tem coisa melhor?
Passei o meu dia com um monte de desconhecidos, gente muito legal, mas ainda estranhos pra mim. Senti falta de ter por perto os meus amigos queridos, mas pensei tanto neles o dia todo que os senti bem perto. Não consegui atender todas as ligações e rezava pra que as pessoas deixassem recados (a maioria deixou =]). Fiquei um pouco triste quando, no fim do dia, percebi que teve gente que não lembrou do meu aniversário, gente que eu amo e que nunca esqueceu... sempre tem uma primeira vez.
O dia tava lindo e o paraíso astral tinha finalmente chegado.
Organizei uma festa de aniversário pra comemorar com meus amigos, mas não pude ir. Trabalhei até o meu aniversário acabar.
Pra não passar em branco, meus novos amigos organizaram um parabéns com um pedaço de bolo, dessas unidades vendidas em padarias, e um palito de fósforo. Parabéns pra você na velocidade da luz, pro fósforo não apagar. Foi divertido e triste. Divertido pela consideração dessas pessoas que mal me conheciam, triste porque nunca passei um aniversário sem cantar parabéns com a minha família.
Recebi muitas felicitações, demorei dois dias pra ver todos os recados no orkut e respondi à algumas pessoas. Não por serem mais importantes, mas por serem mais presentes.
Não ganhei muitos presentes, mas já não ligo tanto pra isso desde quando tinha uns 10 anos e ganhei uma barbie com a perna branca (uma longa história, um dia eu conto essa frustração).
Gosto mais de presença do que de presentes, mas esse ano não vou poder culpar ninguém pela ausência, já que fui eu quem faltou...
Meu presente preferido foi uma cesta de café-da-manhã dada por minha mãe e minha irmã. Elas mesmas que fizeram! Adoro quando alguém faz uma coisa pra mim, ao invés de comprar. Meu Deus! Como eu amo essas duas...
Minha mãe me disse uma vez, quando eu era ainda uma criança, que no dia do meu aniversário eu podia fazer um pedido, só um, algo que eu quisesse muito, que se realizaria. Eu sempre pedia o que sabia que ia conseguir. Nunca pedi coisas mirabolantes porque tinha um medo enorme de quebar o encanto. Meus pedidos especiais sempre se realizaram...
Esse ano, pela primeira vez, não fui atendida. Ousei pedir o que no fundo sabia que não seria possível: pedi pra ter aqui comigo uma pessoa muito especial que mora longe. Ela não veio, é claro. Mas me ligou e fez o meu dia mais feliz. O encanto quebrou, mas eu não vou deixar de acreditar.
Agora, com um ano a mais, mas com o espírito sempre jovem, eu inicio um novo ano e espero que seja cheio de coisas boas.
Ah!! O espetáculo que eu estreei foi "Otelo". A estréia foi um sucesso e a temporada, tenho certeza, também será. As pessoas que eu mal conhecia na terça-feira, já não são pessoas estranhas, mas sim queridas. Já me apaixonei por elas - novidade!
Ai ai... 23 anos. Ontem mesmo eu tinha 12... o tempo passa, isso não é uma brincadeira.

2 comentários:

Unknown disse...

Pensa assim,se essa pessoa ligou é pq você esteve com ela em pensamento,logo esteve!!!


Um ano maravilhoso pra vc e aproveita esse paraíso astral

Lesma de sofá disse...

Como um bebêzinho pode fazer 23 anos??
Sabe o que é bom mesmo no aniversário? Acordar com cheiro de bolo na cozinha e dar de cara com um bolo com um coração.
Eu nunca vou esquecer esse dia, vc é a mais fofa e mais querida do mundo, fique a senhorita sabendo.
bjs e amores