Ciclo é ciclo... fazer o quê?!

Por que as coisas têm que terminar? Por que as pessoas têm que ir embora? Por que existe a distância? Por que tudo isso acontece tão frequentemente e eu ainda não me acostumei?
Mais um ciclo que se fecha, mais um trabalho que termina e leva consigo a convivência com pessoas amadas. Mais uma vez eu fico sofrendo como se fosse o fim, fico nostalgicamente lembrando tudo o que passou e amargando a dor das perdas. Eu sou uma dramática incorrigível.


No domingo, 19, fizemos, em Porto Alegre, a última apresentação de "Otelo". Antes do espetáculo eu já tinha chorado horrores com um problema técnico que quase inviabilizou a apresentação. Passado o susto, entra cena e sai cena, meu coração apertado foi forte e só liberou as lágrimas (um monte delas, por sinal) na hora do agradecimento. Chorei muito ao me despedir daquelas pessoas, a quem eu amo, respeito e admiro com todo meu coração.
Fazendo um breve balanço desse trabalho concluo que foi um enorme sucesso. Conheci gente que quero por perto pelo resto da minha vida e trabalhei num espetáculo belíssimo.
Elenco, produção e equipe técnica: todos vocês, sem excessão, vão ficar pra sempre em mim.
Eu sempre achei que a vida só vale a pena quando a gente tem por perto pessoas especiais com quem dividir cada momento. Sinto-me imensamente grata por ter tido a oportunidade e a honra de dividir inúmero desses momentos com vocês.


Minha vida se encheu de alegria enquanto estivemos juntos. E as lembranças se encarregarão de manter viva essa sensação de felicidade que vocês sempre me causaram.
Estou triste porque acabou, mas sei que estaremos sempre juntos, em algum lugar do tempo. Ainda que seja no pretérito, que certamente foi mais-que-perfeito...
Amo vocês!