segunda-feira, 6 de abril de 2009

Conquista


No início, nada. Belo? Sim, mas até aí...

Depois de um tempo – pouco tempo -, olho no olho e um descompasso. Mas ainda assim...

Ao passar tentava não olhar, mas o coração resmungava. Agüentou o quanto pode, mas sempre cedia.

Atenção!

O desejo cada vez mais forte, o coração sempre em disparada. E a recíproca, hein?!

A cada toque, um choque. Sangue fervendo, cabeça a mil.

Impossível resistir.

De repente um toque correspondido, a respiração no mesmo compasso, um pouco de nervosismo e, finalmente, o encontro dos lábios.

O peito arfando, a boca salivando, os poros hipersensíveis. Pelos, dentes, cabelo, saliva, suor, desejo... muito desejo.

E, descontroladamente, o encontro dos corpos. Mãos, pernas, rostos, unhas, beijos. Sussurros, gemidos, respiração e transpiração.

Êxtase!

Silêncio...

Água fria em corpos quentes, pé no chão, realidade.

Ternura, carinho e uma sombra no olhar.

Arrependimento? De um lado não! Mas do outro...

Sono, quarto escuro, cama vazia. Do lado de dentro realização, luz, totalidade.

Do quente ao frio em pouco tempo.

Lamentações, consciência, dúvidas.

Será que pensa?

Será que sente?

Será que sabe?

Será que entende?

3 comentários:

Lesma de sofá disse...

Ai meu Deus...

Um amigo meu que era poeta e mandava super bem terminou um texto dele assim:
"Quero apenas o feitiço de estar vivo dentro de outra pessoa; onde a alma ressoe na eternidade e o corpo vibre de emoção."
Antonio Carlos Lucena (Touché)

Luizfm disse...

Falou tudo!
Viver dentro de outras pessoas é o único sentido da vida.
Quanto mais pessoas levarem você, mais significante é sua passagem por esse planeta, mas a qualidade também é importante.

Unknown disse...

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