terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Transbordando...

Quase uma da manhã... não consigo dormir. Sinto uma inquietude que não tem razão de ser, mas que está aqui, me incomodando, me mantendo acordada.
Minha vida vai bem. Voltei ao trabalho depois de férias inesquecíveis. Férias que me fizeram definir como eu quero a minha vida.

Eu passei o Reveillon em Caraíva, um paraíso ao sul da Bahia. Estava com amigos que eu amo de verdade, com muitas questões mal resolvidas e muita esperança de resolvê-las.
A gente sempre se engana achando que pode mudar as coisas...
Embora a viagem tenha sido perfeita, os dias tenham sido lindos e meus amigos estivessem do meu lado, passei a primeira noite do ano sozinha, chorando na praia. E a segunda também. E na terceira, finalmente, resolvi que não queria mais chorar.
E não chorei.
Resolvi aceitar as coisas e percebi que não dava mais pra viver daquele jeito.
Em uma das noites, ao som do mar e iluminada somente pela luz da Lua, escrevi:

"Desistir é difícil. Tão difícil quanto necessário... Vez em quando a gente pinta as pessoas com cores que não combinam com elas, refletindo apenas aquilo que gostaríamos que elas fossem.
Descobrir as cores reais de alguém é doloroso quando destoa muito daquilo que a gente imaginou.
É na marra que a verdade aparece. Assim, como se fosse um acidente. E a gente ainda tenta se enganar, pensa ser capaz de mudar o imutável, colorir o preto e branco e ser feliz pra sempre, como num conto daquele de fadas.
Não adianta! Não dá! Mas parece que existe um orgulho, um gosto pelo desafio, uma estupidez quase infantil...
Eu quero desistir, quero não querer mais.
Diante de mim, o Mar.
Acima de mim, o Céu.
Minhas testemunhas... Minhas únicas testemunhas!"

Acho que foi nesse dia que eu me levantei, enxuguei minha lágrimas e não chorei mais.
Desse momento em diante, resolvi que ia sofrer menos, já que não sofrer é impossível.
E é assim que estou vivendo.
Eu tenho tentado criar menos expectativas, fazer menos planos e enxergar as pessoas da forma mais clara possível.
Essa é a tônica de 2010 para mim.
Meu coração está tranquilo e, embora queira loucamente se apaixonar, eu o mantenho sob controle.
A razão tem mandado por aqui. Como nunca antes.
Eu quero muito ser feliz esse ano. Minha meta é a felicidade.
Já me cansei de ter sucesso em tudo às custas de um coração em farrapos.
Eu quero amor.
Mas tenho calma, como nunca tive.
Acho que minha alma transbordou e agora o sono bateu...
Hora de nanar!
Beijinhos

Ah!! A foto é de Caraíva, mais precisamente do encontro do Rio com o Mar. Um espetáculo.

Um comentário:

Unknown disse...

Olá!

Foi um longo caminho até seu blog: Post das Olivias (adoro) no twitter que levou ao seu twitter que levou ao seu blog =P Lendo seus posts, gostei muito do seu blog.

Muito prazer ;)

Agora sobre esse post, adorei o seu texto, acho que pq me sinto na mesma situação que você! Sabe quando fica a sensação do "eu poderia ter escrito isso"?! Então!

Ver pessoas importantes (mas que mesmo assim nos machucam) com a razão e não o coração é sim difícil demais!!!

Beijos